Bolsonaro apela para Trump, Musk e Zuckerberg em entrevista ao The New York Times

Convite e entusiasmo por Trump
O ex-presidente Jair Bolsonaro revelou em entrevista ao The New York Times sua empolgação com um suposto convite para a posse de Donald Trump, marcada para o dia 20. Ele brincou, dizendo que o convite o deixou tão animado que “não precisa mais de Viagra”. Apesar do entusiasmo, seu passaporte continua retido por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, como parte das investigações sobre sua possível participação em um plano golpista após as eleições de 2022.

Retenção do passaporte e contexto judicial
Bolsonaro está impossibilitado de deixar o Brasil desde fevereiro de 2024, quando a Polícia Federal apreendeu seu passaporte durante a Operação Tempus Veritatis. Desde então, quatro pedidos para a devolução do documento foram negados pelo STF. O mais recente, relacionado à viagem para a posse de Trump, foi rejeitado com base no argumento da PGR de que não há justificativa de interesse público para a liberação.

O ex-presidente, indiciado pela Polícia Federal, é acusado de ter planejado e liderado uma tentativa de reversão do resultado das eleições de 2022. Moraes justificou a retenção do documento para evitar uma possível fuga de Bolsonaro, que já mencionou publicamente a possibilidade de buscar refúgio em uma embaixada.

Críticas às redes sociais e elogios a Musk e Zuckerberg
Durante a entrevista, Bolsonaro elogiou os CEOs Elon Musk, do X (antigo Twitter), e Mark Zuckerberg, da Meta, destacando sua luta contra a censura. Ele comemorou o fim da moderação de conteúdo nas plataformas da Meta e declarou: “Bem-vindo ao mundo das pessoas boas, da liberdade”. Além disso, reafirmou sua visão de que as redes sociais têm um papel decisivo nas eleições.

Impacto político e reações
Bolsonaro tem usado esses momentos para reforçar sua narrativa de perseguição política, classificando a decisão do TSE que o tornou inelegível até 2030 como um “estupro da democracia”. Enquanto isso, sua relação com figuras como Trump, Musk e Zuckerberg parece parte de uma estratégia para consolidar seu discurso entre apoiadores e ampliar sua influência internacional, mesmo em meio a investigações e restrições judiciais.

O cenário reflete a polarização no Brasil e a busca de Bolsonaro por aliados que sustentem sua retórica, enquanto enfrenta acusações graves e uma batalha legal que pode moldar seu futuro político.

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