O conflito entre Irã e Israel tem gerado uma extrema preocupação internacional, dada a magnitude do poderio militar desses dois países no Oriente Médio.
O Irã se destaca como uma das maiores potências militares da região, contando com mais de 500 mil soldados em serviço ativo. Ao longo das últimas décadas, o país desenvolveu um amplo arsenal de mísseis de precisão e longo alcance, com capacidade para atingir alvos a mais de 2 mil quilômetros de distância, inclusive Israel.
Uma estratégia crucial adotada pelo Irã foi fortalecer seu poderio bélico sem expor seu próprio território, colaborando assim na formação de forças regionais em lugares como Gaza, Líbano, Iraque, Síria e Iêmen. Estes grupos armados têm lançado ataques diretos contra Israel nos últimos meses, aumentando a tensão na região.
Em uma entrevista à GloboNews, o professor de estudos estratégicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vitelio Brustolin, destacou a dimensão do poderio militar dos dois países envolvidos no conflito. Ele ressaltou que o Irã possui uma força militar três vezes maior que a de Israel em termos de tropas de soldados, além de uma marinha e força aérea robustas. Adicionalmente, o Irã possui um programa nuclear avançado, com capacidade de enriquecimento de urânio próximo a níveis para produção de armas nucleares. Por sua vez, Israel detém 90 ogivas nucleares em seu arsenal.
Os cálculos da imprensa israelense indicam que um míssil balístico iraniano poderia atingir Israel em cerca de 12 minutos, enquanto um míssil de cruzeiro levaria duas horas e um drone kamikaze, nove horas.
Diante dessa ameaça, Israel vem se preparando para enfrentar um possível ataque direto do Irã. O país conta com o sistema de defesa aérea conhecido como Domo de Ferro, um dos mais sofisticados do mundo, que utiliza radares e mísseis para interceptar foguetes inimigos e proteger áreas povoadas. Além disso, Israel conta com o sistema de defesa aérea Arrow, uma colaboração com os Estados Unidos, projetado para interceptar mísseis de cruzeiro e balísticos.
A situação também envolve o apoio importante de países ocidentais como o Reino Unido, França e, sobretudo, os Estados Unidos, que mantêm bases militares na região e colaboram com Israel em questões de segurança.
Fonte: Adaptado de (Reprodução/TV Globo)