Donald Trump assume presidência dos EUA e promete “fim do declínio”

Em discurso de posse, republicano apresenta visão de “renascimento americano” e reforça compromissos polêmicos com imigração e política externa

Donald Trump iniciou oficialmente nesta segunda-feira (20/01) seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Em uma cerimônia no Capitólio, em Washington, ele apresentou um discurso inaugural que enfatizou a promessa de reverter o “declínio” da nação, projetando um futuro de prosperidade, força e soberania.

O discurso, de cerca de 30 minutos, foi repleto de retórica nacionalista e reafirmação de políticas conservadoras, marcando o tom que deve guiar os próximos quatro anos.

Os pilares do discurso

Revitalização econômica e industrial

Trump reforçou o compromisso de reindustrializar os Estados Unidos e colocar o país no centro da economia global. Ele prometeu ações para revitalizar as áreas que, segundo ele, foram negligenciadas por governos anteriores, focando na criação de empregos e no fortalecimento da infraestrutura econômica.

“Seremos uma nação como nenhuma outra, cheia de compaixão, coragem e excepcionalismo. Vamos trazer a América de volta, maior do que nunca.”

Medidas contra imigração irregular

O presidente anunciou que uma de suas primeiras ações será decretar emergência na fronteira com o México, implementando novas medidas para conter a imigração ilegal. Trump defendeu políticas mais rigorosas, sinalizando uma abordagem combativa em relação à segurança das fronteiras.

Conservadorismo nos valores sociais

Trump reafirmou sua posição em questões de gênero, declarando: “Há apenas dois gêneros: masculino e feminino.” A declaração, feita em tom enfático, reflete a continuidade de suas políticas sociais conservadoras e pode gerar novos debates dentro e fora dos EUA.

Geopolítica e soberania nacional

O presidente também mencionou planos controversos, como a renomeação do Golfo do México para “Golfo da América”, destacando a importância da soberania nacional e do fortalecimento da identidade americana no cenário global.

Trump ainda prometeu que os EUA serão uma potência pacificadora, afirmando que o poder americano será usado para acabar com conflitos globais e restaurar a ordem.

“Nosso poder acabará com todas as guerras e trará um novo espírito de unidade a um mundo raivoso e imprevisível. A América será respeitada e admirada novamente.”

Frases marcantes e a promessa de uma “era de ouro”

Encerrando o discurso, Trump projetou otimismo e prometeu um novo capítulo para os EUA:

“Deste dia em diante, os Estados Unidos da América serão uma nação livre, soberana e independente. Viveremos orgulhosamente, sonharemos corajosamente e nossa era de ouro apenas começou.”

Reações iniciais e tensões internacionais

A posse de Trump já gerou respostas imediatas na esfera global. A Venezuela, por exemplo, anunciou exercícios militares logo após o discurso, sinalizando uma possível escalada nas tensões entre os dois países.

Analistas apontam que a abordagem agressiva de Trump nas relações internacionais e sua política de “América Primeiro” podem redefinir alianças e parcerias estratégicas nos próximos anos.

Desafios no horizonte

O discurso reflete o tom que o governo deve adotar, mas a implementação das promessas enfrentará resistência. Questões como imigração, direitos sociais e política externa podem encontrar oposição tanto no cenário doméstico quanto internacional.

A era Trump, em sua nova fase, promete ser tão polarizadora quanto transformadora, colocando os Estados Unidos novamente sob os holofotes do mundo.

Compartilhar: