Meta Afirma que Fim da Checagem de Fatos Será Testado Apenas nos EUA


Empresa detalha mudanças em resposta à solicitação da AGU

A Meta informou à Advocacia-Geral da União (AGU) que o encerramento do programa de checagem de fatos de suas plataformas ocorrerá, inicialmente, somente nos Estados Unidos. Segundo a empresa, a decisão faz parte de um projeto piloto para testar e aprimorar as “Notas da Comunidade” antes de uma possível expansão para outros países.

Em documento enviado à AGU, a companhia destacou que as mudanças buscam equilibrar a liberdade de expressão e a segurança nas redes sociais. “Estamos encerrando nosso Programa de Verificação de Fatos independente apenas nos Estados Unidos, onde testaremos e aprimoraremos as Notas da Comunidade antes de considerar qualquer expansão internacional”, afirmou a Meta.

Alterações no Sistema de Moderação

A empresa explicou que as mudanças têm como objetivo simplificar os processos de moderação e reduzir falhas no uso de suas políticas. Entre as medidas, está a utilização de sistemas automatizados apenas para violações de alta gravidade, como casos de terrorismo, exploração sexual infantil, fraudes e golpes.

A Meta também afirmou que seu foco será empoderar os usuários, permitindo que identifiquem e sinalizem postagens potencialmente enganosas, promovendo maior transparência e reduzindo o risco de vieses na moderação de conteúdos.

Reação da AGU

A AGU, que havia determinado um prazo de 72 horas para a manifestação da empresa, demonstrou preocupação com as possíveis consequências da decisão, classificando-a como potencialmente danosa para o ambiente informacional. O órgão defendeu que as big techs assumam suas responsabilidades no combate à desinformação e implementem medidas para mitigar os impactos negativos de suas plataformas.

Liberdade de Expressão e Novas Diretrizes

Desde 7 de janeiro, a Meta anunciou mudanças em suas políticas, incluindo a redução de filtros e moderação de conteúdos. As diretrizes visam aumentar a liberdade de expressão, mas geraram críticas de setores que defendem uma postura mais ativa das plataformas no combate à desinformação.

A empresa, que controla Instagram, Threads, Facebook e WhatsApp, reafirmou seu compromisso com os direitos humanos e a segurança, mas reconheceu que medidas anteriores podem ter extrapolado, limitando debates políticos legítimos e restringindo a livre expressão.


Fonte: Com informações da CNN Brasil.


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