Sonda Parker faz aproximação histórica do Sol e permanece ‘segura’ e ‘operando normalmente’, diz NASA
A NASA confirmou que a sonda Parker, responsável pela maior aproximação já realizada ao Sol por um objeto humano, está “segura” e “funcionando normalmente” após seu histórico sobrevoo em 24 de dezembro. A espaçonave chegou a apenas 6,1 milhões de quilômetros da superfície solar, penetrando na coroa — a atmosfera externa do Sol.
Dados cruciais para a ciência solar
O sinal da Parker foi recebido pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Maryland, na sexta-feira (27). A expectativa agora é que a sonda envie dados mais detalhados sobre sua condição no dia 1º de janeiro.
A missão tem como objetivo investigar o aquecimento extremo da coroa solar, rastrear a origem do vento solar e compreender como partículas energéticas são aceleradas a velocidades próximas à da luz.
Tecnologia para enfrentar o extremo calor
Com temperaturas superiores a 930°C, o escudo térmico da sonda garante que seus instrumentos internos permaneçam a cerca de 29°C, permitindo a coleta segura de dados. Além disso, a Parker viaja a uma velocidade impressionante de 690 mil km/h, o suficiente para cruzar de Washington para Tóquio em menos de um minuto.
Um marco para a exploração espacial
Lançada em agosto de 2018, a Parker Solar Probe tem uma missão de sete anos dedicada a desvendar mistérios sobre a dinâmica solar, como:
- Origem do vento solar
- Por que a coroa solar é mais quente que a superfície?
- Como ocorrem as ejeções de massa coronal?
O cientista do programa Parker, Arik Posner, destacou que esta missão representa um marco na exploração espacial, abrindo caminho para responder a “perguntas de longa data sobre nosso universo”.
Os dados coletados pela sonda nas próximas semanas devem fornecer informações sem precedentes sobre o comportamento do Sol, ajudando a melhorar previsões de eventos climáticos espaciais que podem afetar comunicações, redes elétricas e satélites na Terra.