Internacional

Brasil e França lançam Programa de R$ 5,4 bilhões para Proteção da Amazônia

Durante a visita do presidente francês Emmanuel Macron, o governo da França anunciou uma parceria financeira com a Agência Francesa de Desenvolvimento e bancos públicos brasileiros. O objetivo é mobilizar até 1 bilhão de euros (equivalente a R$ 5,4 bilhões) em investimentos públicos e privados na bioeconomia amazônica nos próximos quatro anos.

O anúncio foi feito em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante uma visita à Ilha do Combu, em Belém, Pará. Além disso, Macron e Lula divulgaram o relançamento do projeto de um centro franco-brasileiro sobre biodiversidade amazônica, previsto em um acordo de 2008. O instituto visa desenvolver pesquisas em colaboração com universidades e centros científicos, além de formar uma coalizão de empresas para financiar suas atividades.

Os governos do Brasil e da França também se comprometeram a aproximar o parque amazônico da Guiana Francesa e o parque Montanhas do Tumucumaque, visando criar um corredor amazônico com mais de 7 milhões de hectares protegidos.

Além disso, houve discussões sobre uma reforma na abordagem dos mercados de carbono, com o compromisso de promover países que buscam se tornar emissores negativos de CO² até a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Belém.

Macron reiterou o apoio contínuo da França aos povos indígenas e comunidades locais da Amazônia. Ele apontou a necessidade de diálogo entre Paris e Brasília nos próximos dois anos para aumentar as ambições comuns, como a reforma da governança e o aumento do capital do Banco Mundial para financiar um “Green Deal Global”.

Outros temas discutidos incluíram a implementação de um imposto mínimo sobre altos rendimentos internacionalmente e um plano de investimento na bioeconomia para preservar as florestas e proporcionar oportunidades econômicas às populações.

Macron também se comprometeu a trabalhar com autoridades brasileiras para tornar operacional a ponte sobre o rio Oiapoque, e foram abordadas questões relacionadas a refugiados e pesca ilegal.

Fonte: CNN Brasil

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