Um grupo de mais de 25 pessoas, predominantemente idosos, está empenhado em iniciar uma nova jornada em uma área verde no interior de São Paulo. O objetivo principal é construir uma comunidade onde possam viver juntos, afastando-se da solidão que muitos enfrentam à medida que envelhecem.
Norival de Oliveira, economista de 60 anos, explica: “À medida que envelhecemos, é natural nos sentirmos mais isolados. Essa comunidade visa proporcionar mais convívio social e evitar que os idosos se sintam excluídos.”
Junto com seu parceiro, o arquiteto Ricardo Pessoa, de 62 anos, Norival se inspirou em conceitos como o cohousing, adotado em outros países, onde as pessoas têm suas próprias casas, mas compartilham espaços comuns. Após discutir a ideia com amigos, o projeto ganhou forma, atraindo pessoas interessadas na proposta de viver em comunidade na velhice.
A comunidade, denominada Bem Viver, encontrou terreno adequado em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, e está em processo de planejamento e construção. As casas serão projetadas para facilitar a acessibilidade dos moradores mais velhos, e a área comum oferecerá diversas opções de lazer e convívio.
Roberto Kubota, arquiteto de 62 anos e futuro morador, destaca a importância da colaboração de todos os membros do grupo na definição do projeto. “É um processo colaborativo, onde a inteligência coletiva foi fundamental para determinar todos os detalhes.”
Além de oferecer uma alternativa à solidão, a comunidade Bem Viver busca promover a saúde mental e o bem-estar dos idosos, algo especialmente relevante diante do envelhecimento da população brasileira. Outras iniciativas semelhantes estão surgindo pelo país, refletindo a crescente preocupação com a solidão e o desejo por uma vida mais simples e sustentável em contato com a natureza.
Fonte: Adaptado de BBC News Brasil