Saúde

A doença que gera preocupação no Brasil e alerta para a Olimpíada de Paris

A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, está causando preocupação no Brasil e levantando alertas para a Olimpíada de Paris, devido ao aumento significativo de casos na Europa. Nos três primeiros meses deste ano, a União Europeia registrou mais de 32 mil casos, comparado aos pouco mais de 25 mil casos em todo o ano passado. A França, em particular, declarou uma situação epidêmica, com um aumento significativo nos casos de abril para maio.

O Ministério da Saúde do Brasil emitiu um alerta, citando a queda na cobertura vacinal como a principal razão para o aumento de casos. Até 6 de junho deste ano, o Brasil registrou 115 casos, frente a 217 no ano passado. Em São Paulo, os casos aumentaram de 16 no ano passado para 139 até junho deste ano, um crescimento de mais de 700%.

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Bordetella Pertussis, caracterizada por tosse intensa e persistente que pode durar semanas. Os sintomas podem variar de leves, semelhantes a um resfriado, a graves, com tosse intensa que pode causar vômitos e dificuldade respiratória. Bebês até 6 meses de idade são particularmente vulneráveis às formas mais graves da doença.

A principal forma de prevenção é a vacinação, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças até 6 anos, gestantes e profissionais de saúde. A vacina Pentavalente protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e influenza B. Devido à queda na cobertura vacinal, o Ministério da Saúde reforçou a importância da vacinação e implementou ações para fortalecer a vigilância epidemiológica da doença.

A coqueluche já foi uma doença muito comum no Brasil, com 40 mil casos anuais na década de 1980. Desde então, os casos têm diminuído, especialmente a partir de 1995. No entanto, a redução na percepção de risco e a disseminação de informações falsas sobre vacinas têm contribuído para a queda na cobertura vacinal, criando um ambiente propício para o ressurgimento da doença.

Prevenção e Tratamento

  • Vacinação: Principal meio de prevenção, disponível no SUS para crianças, gestantes e profissionais de saúde.
  • Tratamento: Feito com antibióticos específicos, prescritos por profissionais de saúde.
  • Medidas Adicionais: Investigação de contatos de casos confirmados, oferta de tratamento e ampliação do uso da vacina para profissionais de saúde em áreas específicas.

Ações Recomendadas pelo Ministério da Saúde

  • Vigilância Epidemiológica: Reforço das ações de vigilância e alerta aos profissionais de saúde.
  • Investigação e Tratamento: Investigação de contatos e oferta de tratamento para casos confirmados.
  • Vacinação: Ampliação da vacinação para profissionais de saúde em áreas de maior risco, como ginecologia, obstetrícia e pediatria.

A situação atual da coqueluche destaca a importância da vacinação e da vigilância contínua para prevenir surtos e proteger as populações mais vulneráveis.

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