EUA retomam financiamento a programas da OIM em países como Iraque e Síria, mas excluem Brasil, impactando Operação Acolhida para venezuelanos.
A Organização Internacional para Migrações (OIM), agência vinculada à ONU, comunicou ao governo brasileiro que o país foi excluído da retomada de financiamento humanitário autorizada pelo governo de Donald Trump. A decisão afeta diretamente a Operação Acolhida, iniciativa que presta assistência a imigrantes e refugiados venezuelanos em Roraima. Os EUA, responsáveis por 60% do orçamento global da OIM, retomaram verbas para regiões como Iraque, Síria e Faixa de Gaza, mas mantiveram o bloqueio ao Brasil.
Impacto na Operação Acolhida
A OIM gerenciava abrigos, atendimento médico e identificação de venezuelanos na fronteira norte. Com o corte, o governo Lula precisará substituir parte da estrutura por terceirizados. A Polícia Federal, por exemplo, contratará cerca de 40 profissionais temporários para assumir funções antes desempenhadas pela agência. “Não há como deslocar um efetivo deste tamanho para Roraima”, explicou fonte próxima à direção da PF.
“No México, só está autorizado o uso de recurso para ações de suporte na fronteira”, detalhou um representante da OIM, reforçando a seletividade das novas regras americanas.
Dependência Financeira e Limitações
- EUA respondem por 60% do orçamento da OIM.
- Recursos são vinculados a projetos específicos, sem possibilidade de remanejamento.
- Trump mantém política de restrição a imigrantes, incluindo esforços para “fechar acesso de mexicanos”.
Contexto Global e Desafios
Além do Brasil, o México também enfrenta restrições no uso de verbas, limitadas a ações pontuais em fronteiras. A medida reflete a postura do governo Trump de priorizar áreas em conflito direto, como Oriente Médio, em detrimento de crises migratórias nas Américas. Enquanto isso, o Brasil busca alternativas para manter a Operação Acolhida, considerada vital para a estabilidade regional.
Texto com informações de CNN e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social