
Carla Zambelli deixa o Brasil após condenação do STF
PGR pede prisão preventiva da deputada que foi condenada a 10 anos por invasão ao sistema do CNJ
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Deputada sai do país após condenação por invasão de sistemas
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu sua prisão preventiva sob sigilo, solicitando também a suspensão do passaporte e inclusão na lista da Interpol. Zambelli anunciou na terça-feira (3) que se dirigiu a um país europeu para se licenciar do cargo.
PGR considera deputada foragida da Justiça
Segundo a TV Globo, o procurador-geral Paulo Gonet argumentou que Zambelli deve ser considerada foragida “por ter se evadido para outro país e anunciado publicamente sua permanência na Europa”. O procurador destacou a transgressão da decisão condenatória do STF, que determinou pena a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
Zambelli afirma resistir contra “ditadura” no Brasil
A parlamentar declarou à rádio Auriverde que sua saída não representa abandono do país, mas resistência contra o que classificou de “falta de liberdades” e “censura”. Zambelli disse à CNN que se dirigiu à Itália, onde possui cidadania italiana e não pode ser deportada. Posteriormente, seu marido informou que estão nos Estados Unidos e viajarão para a Itália em poucos dias.
Condenação por invasão ao sistema do CNJ
Zambelli foi condenada por unanimidade pela Primeira Turma do STF em maio, acusada de planejar e coordenar invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no início de 2023. Segundo a denúncia, o objetivo era incluir alvarás de soltura falsos e mandado de prisão forjado contra Alexandre de Moraes. O hacker Walter Delgatti, que confessou o ataque, foi condenado a oito anos e três meses.
Múltiplos processos judiciais em andamento
Além da condenação por invasão de sistemas, Zambelli enfrenta outros processos no STF, incluindo uma segunda condenação de cinco anos por porte ilegal de arma e constrangimento. O TRE-SP também cassou seu mandato por disseminação de desinformação nas eleições de 2022, decisão que aguarda análise de recursos.
Com informações de BBC News Brasil, TV Globo, CNN