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Luciana Santos Repudia Chantagem dos EUA e Defende Ciência como Pilar de Soberania Nacional

Durante a abertura da 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, condenou veementemente a tentativa de chantagem dos Estados Unidos contra o Brasil. A imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada pelo presidente americano Donald Trump, foi classificada pela ministra como uma ameaça à soberania nacional. “Estamos do lado do Brasil”, afirmou Santos, destacando que a ciência deve estar a serviço de um projeto de nação que una desenvolvimento econômico, justiça social e sustentabilidade.

Contexto da Ameaça Americana

A tarifa de 50%, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto de 2025, foi justificada por Trump com base em alegações de “censura” por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) contra plataformas digitais americanas e na suposta perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Luciana Santos criticou a medida como uma ingerência inaceitável nos assuntos internos brasileiros, reforçando que a ciência, tecnologia e inovação são ferramentas essenciais para a autonomia do país. “Não haverá desenvolvimento sem domínio tecnológico, nem justiça social sem democratização do saber”, declarou a ministra durante o evento, que segue até 19 de julho com o tema “Progresso é Ciência em Todos os Territórios”.

Defesa da Ciência e da Democracia

A 77ª Reunião da SBPC, sediada em Pernambuco, marcou os 40 anos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com mais de 300 atividades gratuitas, incluindo conferências, debates e oficinas. O presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, reforçou a importância de defender a democracia e a soberania frente às ameaças externas, alertando contra “guerras híbridas” que buscam desestabilizar o país. “Queremos manter as Américas como um espaço de paz, mas não admitimos pressões que comprometam nossa independência”, afirmou. Luciana Santos destacou que a ciência deve ser um motor de desenvolvimento inclusivo, com foco na redução de desigualdades regionais e no fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Homenagem a Mulheres na Ciência

Durante a cerimônia, três pesquisadoras pernambucanas foram homenageadas por suas contribuições à ciência e ao desenvolvimento regional: Lúcia Melo, referência em inovação; Silke Weber, defensora da educação pública; e Tânia Bacelar, economista focada no combate às desigualdades. “Elas são exemplos de compromisso e competência, enriquecendo a ciência de Pernambuco e do Brasil”, declarou Santos. A vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, também presente, reforçou o compromisso do estado com a valorização da ciência, enquanto a reitora da UFRPE, Maria José de Sena, destacou que a ciência é uma necessidade, não um luxo, para enfrentar os desafios sociais e ambientais do país.

Impacto Regional na Paraíba

Embora o evento tenha ocorrido em Pernambuco, as discussões têm relevância direta para a Paraíba, onde a ciência e a tecnologia são estratégicas para o desenvolvimento econômico e social. A ênfase de Luciana Santos na redução de assim sixas regionais e na democratização do conhecimento científico alinha-se com iniciativas locais, como os investimentos em polos tecnológicos em João Pessoa e Campina Grande. A defesa da soberania frente às pressões externas também ressoa na Paraíba, estado que depende de exportações agrícolas, como o suco de laranja, diretamente afetadas pela tarifa americana. A postura do governo federal, apoiada por Santos, reforça a necessidade de proteger a economia local contra medidas protecionistas.

Um Chamado à Soberania e ao Progresso

A contundente resposta de Luciana Santos à chantagem dos EUA reflete um compromisso com a construção de um Brasil soberano, onde a ciência seja um pilar central. A ministra defendeu que o país deve investir em tecnologias estratégicas, como inteligência artificial, transição energética e biotecnologia, para garantir autonomia em um mundo cada vez mais competitivo. A 77ª Reunião da SBPC, com sua programação diversa e acessível, reforça o papel da ciência como ferramenta de transformação social, conectando pesquisadores, estudantes e a população em prol de um projeto de nação inclusivo. A resistência às pressões externas, aliada ao fortalecimento da pesquisa, é um passo crucial para que o Brasil enfrente os desafios do presente e do futuro com independência e inovação.


Da redação com informações de Hora do Povo [XGR-XAI-14072025-1655-G3M]

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