NASA descobre novo planeta com temperaturas que sugerem condições habitáveis
Uma nova “Super-Terra” na nossa vizinhança cósmica
A busca por vida fora da Terra ganhou um novo e empolgante capítulo. A NASA anunciou a descoberta de um novo exoplaneta — um planeta que orbita uma estrela que não é o nosso Sol — que apresenta características promissoras para a existência de condições habitáveis. Batizado provisoriamente, o planeta é uma “Super-Terra”, maior que o nosso mundo, mas com temperaturas que, teoricamente, poderiam permitir a existência de água em estado líquido em sua superfície.
A descoberta, realizada com o auxílio de telescópios espaciais de última geração, foi recebida com grande entusiasmo pela comunidade científica. Cada novo planeta encontrado na chamada “zona habitável” de sua estrela nos aproxima um pouco mais de responder à pergunta fundamental: estamos sozinhos no universo?
O que torna este novo planeta tão especial?
O que diferencia esta descoberta de muitas outras é a combinação de fatores que tornam este planeta um candidato particularmente interessante para um estudo mais aprofundado. Os cientistas destacam três características principais:
- Localização na Zona Habitável: O planeta orbita sua estrela a uma distância ideal, nem tão perto que a água evapore, nem tão longe que congele. Essa é a chamada “zona habitável”, ou “zona dos cachinhos dourados”.
- Tamanho e Composição Rochosa: Sendo uma “Super-Terra”, ele é provavelmente um planeta rochoso como o nosso, e não um gigante gasoso como Júpiter. Planetas rochosos são considerados os melhores lugares para procurar por vida.
- Temperatura de Superfície Estimada: Com base na distância de sua estrela e no tipo de estrela que orbita (uma anã vermelha, mais fria que o nosso Sol), os modelos climáticos iniciais sugerem que a temperatura média do planeta poderia ser amena, se ele possuir uma atmosfera.
Como os cientistas encontram esses mundos distantes?
Encontrar um exoplaneta é uma tarefa de detetive cósmico. Como eles são muito pequenos e não emitem luz própria, os cientistas não conseguem vê-los diretamente. Em vez disso, eles usam métodos indiretos, como o método de trânsito, que foi o utilizado nesta descoberta.

Funciona assim: telescópios espaciais, como o James Webb ou o TESS, monitoram o brilho de milhares de estrelas distantes. Quando um planeta passa na frente de sua estrela (um evento chamado de “trânsito”), ele causa uma pequena e breve diminuição no brilho da estrela. Ao medir essa diminuição de luz e a frequência com que ela ocorre, os astrônomos conseguem calcular o tamanho do planeta, o tempo que ele leva para completar uma órbita e sua distância da estrela.
O próximo passo: em busca de uma atmosfera
A descoberta de um planeta na zona habitável é apenas o primeiro passo. A grande questão agora é saber se ele possui uma atmosfera e, se possuir, do que ela é feita. Uma atmosfera é crucial para regular a temperatura e proteger a superfície de radiações nocivas, além de ser o local onde poderíamos encontrar os “biomarcadores” — gases como oxigênio ou metano — que podem indicar a presença de vida.
O próximo grande desafio para os cientistas será usar telescópios como o James Webb para tentar analisar a luz da estrela que passa através da atmosfera do planeta. Essa análise pode revelar a composição química da atmosfera e nos dar a pista definitiva sobre se este novo mundo promissor é, de fato, um lugar onde a vida como a conhecemos poderia existir.
Redação co informações ABC News