Por que Mulheres estão “virando homens” no LinkedIn?

Mulheres ‘viram’ homens no LinkedIn e ganham visibilidade
Uma tendência curiosa tomou conta do LinkedIn: mulheres estão masculinizando seus perfis para driblar o algoritmo e aumentar sua visibilidade na rede. A tática, que envolve desde a troca da foto até a adoção de uma linguagem mais ‘corporativa’, tem gerado debates acalorados sobre viés de gênero na plataforma.
O experimento que viralizou
Megan Cornish, profissional da área de saúde mental, resolveu testar a teoria. Ao transformar seu perfil em um perfil masculino, ela notou um aumento de 400% nas visualizações em apenas uma semana. O caso de Megan viralizou e escancarou uma possível falha no algoritmo do LinkedIn, que estaria suprimindo conteúdos produzidos por mulheres.
A denúncia de Cindy Gallop
A publicitária Cindy Gallop já havia alertado sobre a queda drástica em seu alcance no LinkedIn. Para ela, o algoritmo da rede social tem um viés implícito que prejudica a visibilidade de mulheres. A teoria ganhou força com relatos de usuárias que notaram um aumento significativo em seu alcance ao adotarem uma persona masculina.
LinkedIn nega, mas…
O LinkedIn nega qualquer tipo de viés intencional, mas a comunidade questiona: a linguagem de negócios, historicamente dominada por homens, não seria um fator determinante? A supressão algorítmica, mesmo que não intencional, pode ser vista como uma forma de opressão econômica, limitando as oportunidades de mulheres no mercado de trabalho.
O debate sobre igualdade algorítmica
O caso do LinkedIn reacende a discussão sobre a necessidade de garantir a equidade algorítmica nas redes sociais profissionais. Afinal, se o algoritmo favorece determinados grupos em detrimento de outros, a meritocracia no ambiente digital se torna uma utopia. Até que ponto a inteligência artificial está reproduzindo preconceitos da sociedade?
Da redação do Movimento PB.
