
Bolsonaro depõe à PF sobre campanha de Eduardo contra ministros do STF
Ex-presidente é ouvido sobre atuação do filho nos EUA para influenciar sanções americanas contra autoridades brasileiras
Ex-presidente presta esclarecimentos sobre investigação do filho
Jair Bolsonaro prestou depoimento nesta quinta-feira (5) à Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O deputado federal licenciado, que está no país norte-americano desde 27 de fevereiro, tem promovido uma campanha para influenciar o governo de Donald Trump a impor sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal.
PGR vê possível benefício direto do ex-presidente na campanha
Segundo a Procuradoria-Geral da República, o ex-presidente pode se beneficiar da tentativa de Eduardo em influenciar sanções contra ministros do STF, onde Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado. O procurador Paulo Gonet classifica a conduta como possível coação no curso do processo e obstrução de investigações.
Secretário de Estado americano confirma análise de sanções
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou recentemente que existe uma “grande chance” de punição do governo americano contra o ministro Alexandre de Moraes. A declaração foi dada em resposta ao deputado republicano Cory Mills, que questionou se o magistrado brasileiro pode ser punido com base na Lei Global Magnitsky, que permite aplicar sanções contra pessoas envolvidas em violações de direitos humanos.
Deputado republicano articula com Eduardo Bolsonaro
Segundo Eduardo Bolsonaro, Mills levou o assunto para o secretário de Estado após reunião com o filho do ex-presidente e o deputado Filipe Barros, presidente da Comissão de Relações Exteriores no Brasil. O deputado republicano afirmou que o Brasil passa por um “alarmante retrocesso nos direitos humanos” e que Jair Bolsonaro pode se tornar um preso político.
Campanha ocorre em contexto de radicalização nos EUA
A campanha contra Alexandre de Moraes está sendo desenvolvida em um contexto de recrudescimento da extrema direita nos Estados Unidos. Na quarta-feira (4), Trump proibiu a entrada de cidadãos de 12 países no território americano para proteger o país de “terroristas estrangeiros”, segundo o republicano.