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Governadores cobram BNDES para bancar segurança pública

Governadores cobram BNDES para bancar segurança pública
Governadores cobram BNDES para bancar segurança pública

Sete governadores das regiões Sul e Sudeste do Brasil uniram forças para pressionar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a criar linhas de financiamento específicas para a segurança pública. O pedido foi formalizado em uma carta divulgada neste sábado (6.dez.2025), após o 14º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), realizado no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro.

O foco principal do documento é o desenvolvimento de estratégias robustas para o enfrentamento às facções criminosas, que têm expandido sua atuação em todo o território nacional. Os líderes estaduais defendem a necessidade urgente de uma fonte de financiamento estável e permanente para modernizar e equipar as forças de segurança dos estados.

As Propostas dos Governadores

Entre as medidas propostas na carta, destacam-se:

  • A destinação de parte da arrecadação da taxação das apostas esportivas (bets) para a segurança pública estadual.
  • A criação de linhas de crédito permanentes no BNDES, visando à modernização tecnológica das polícias e demais órgãos de segurança.
  • A implementação de um mecanismo de coordenação federal para integrar dados e ações de combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento das facções.
  • O aprimoramento dos sistemas de dados e identificação multibiométrica, fortalecendo a inteligência policial.
  • A recuperação de ativos do crime organizado, com a destinação dos valores aos estados responsáveis pelas operações.
  • A intensificação de ações permanentes nas fronteiras, coibindo o tráfico de armas e drogas.
  • A defesa de ajustes na legislação penal e processual penal para endurecer o combate a crimes de alta ofensividade, como tráfico de armas de guerra e a atuação de facções a partir do sistema prisional.

Lideranças e Próximos Passos

A carta foi subscrita pelos governadores Cláudio Castro (PL) do Rio de Janeiro, Eduardo Leite (PSD) do Rio Grande do Sul, Jorginho Mello (PL) de Santa Catarina, Ratinho Júnior (PSD) do Paraná, Renato Casagrande (PSB) do Espírito Santo, Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais e Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo.

Os chefes de executivo estaduais também enfatizaram a importância da participação dos estados na discussão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18 de 2025, conhecida como PEC da Segurança Pública, buscando alinhar as necessidades regionais às políticas nacionais.

Durante o encontro do Cosud, Romeu Zema foi eleito para presidir o consórcio por um mandato de um ano. O próximo encontro do grupo está agendado para 20 de março de 2026, em Minas Gerais, onde as discussões sobre o futuro da segurança pública no país deverão continuar.

Da redação do Movimento PB.

[MPBAI | MOD: 2.5-FL | REF: 6934D0DB]